São João Eudes

 São João Eudes

São João Eudes, sacerdote francês do século XVII, é reconhecido como um dos maiores promotores da devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Fundador das congregações de Jesus e Maria (Eudistas) e de Nossa Senhora da Caridade, dedicou sua vida à formação do clero e à assistência de mulheres marginalizadas. Sua teologia enfatiza a centralidade do amor misericordioso de Deus e a busca pela santidade através da união com Cristo.

Origens

Fundador de duas Congregações: a Congregação de Jesus e Maria e a Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, conhecida como "Irmãs do Bom Pastor"

Torna-se padre

João Eudes nasceu no dia 14 de novembro de 1601, no vilarejo de Ri, perto de Argentam, norte da França. Seus pais se chamavam Isaac e Marta e eram profundamente religiosos. João Eudes foi o primogênito de sete filhos. Estudou com os jesuítas em Caen. No recreio, preferia ir à capela rezar. Quando adolescente, consagrou-se secretamente à Virgem Maria. Depois, sentiu o chamado de Deus para a vida religiosa. Antes de iniciar, porém, completou os estudos.

Amor e fé

No ano 1623, formado e com a permissão de seus pais, João Eudes mudou-se para Paris, a fim de ingressar na Congregação do Oratório. Dois anos depois foi ordenado sacerdote, porque já tinha estudado? A partir de então, dedicou-se totalmente à pregação da Palavra de Deus entre o povo. Neste ministério, visitou cidades e vilarejos de várias regiões como Ile de França, Bretanha, Bolonha, e a Normandia.

Nasce a Congregação de Jesus e Maria

Estando na Normandia, região onde nascera, padre João Eudes presenciou a epidemia da peste-negra, em 1627. Incansável, São João Eudes visitou quase todos os lugares atingidos, principalmente os vilarejos mais longínquos e esquecidos. Religioso sensível, levou a Palavra de Deus, conforto espiritual e assistência física aos doentes e suas respectivas famílias. Ao contrário de todos, São João Eudes Nunca teve medo de contrair a peste. Dizia brincando que“até a peste tinha medo de sua pele”. Mas tinha medo que os que estavam à sua volta pegassem a doença. Por isso, durante todo o tempo da peste, ele evitava entrar em casa. À noite, ia dormir num barril velho, deixado ao lado de um paiol.

Nasce a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio

Interpretando os sinais dos tempos e inconformado com o rumo que os intelectuais vinham dando à sociedade, sobrepondo a razão em detrimento da fé, em 1643, São João Eudes fundou a Congregação de Jesus e Maria. Para isso, contou com a ajuda de alguns padres de Caen. A missão principal da Congregação assumiu duas faces. Primeira: a formação doutrinal e espiritual dos sacerdotes e seminaristas. E a segunda, a pregação do Evangelho conforme as necessidades materiais e espirituais do povo. Além disso, eles difundiram devoção aos sagrados corações de Jesus e Maria.

Missionários na revolução francesa

Seguindo o mesmo objetivo de chegar cada vez mais próximo das necessidades reais do povo, São João Eudes fundou a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, destinada às mulheres, cujo carisma era atender e auxiliar moças que se prostituíam devido à pobreza e também crianças abandonadas, para que não se perdessem no futuro. No século XIX, a Congregação passou a ser chamada de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, e as irmãs passaram a ser conhecidas “Irmãs do Bom Pastor”.

Morte

Com os missionários da Congregação de Jesus e Maria, São João Eudes, incansável, pregou milhares de missões populares. Os lugares por onde eles passaram, foram os que mais tiveram forças para resistir à tempestade antirreligiosa realizada pela revolução francesa. Além disso, São João Eudes foi o criador da devoção aos sagrados corações de Jesus e de Maria. Ele foi o primeiro a celebrar por um culto litúrgico aprovado pela Igreja a festa do Imaculado Coração de Maria no ano 1648, e a do Sagrado Coração de Jesus no ano 1672. Hoje, essas celebrações integram o calendário litúrgico da Igreja.

Oração a São João Eudes

São João Eudes faleceu na cidade de Caen, no norte da França. Era o dia 19 de agosto de 1680. Como legado, deixou para a Igreja as duas Congregações que fundou, milhares de religiosos e uma extensa obra escrita que se destaca pelo grande valor teológico, pela profundidade e clareza. Sua canonização aconteceu em 1925 celebrada pelo Papa Pio II.

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