São Gabino

 São Gabino

Gabino, um mártir romano do século III, é venerado por sua coragem na fé durante um período de intensa perseguição aos cristãos. A tradição o associa a um sacerdote ou exorcista que dedicou sua vida a confortar os presos e a dar sepultura digna aos mártires. Sua firmeza em recusar sacrificar aos deuses pagãos o levou à morte, testemunhando seu compromisso inabalável com Cristo. Gabino é um exemplo de perseverança e caridade em tempos de adversidade.

Origens

Gabino nasceu por volta do ano 250 na região conhecida como Dalmácia, atual Bósnia. Pertencia a uma família nobre, romana e cristã, fixada naquela região. Quando adulto, foi viver em Roma. Seu objetivo era aproximar-se da Igreja, mesmo sabendo dos perigos que correria. A vida em Roma, porém, reservava-lhe grandes surpresas.

Senador e casado

Em Roma, Gabino tornou-se senador, talvez devido a sua origem nobre. Depois, veio a se casar e teve uma filha chamada Susana. Mas sua esposa faleceu jovem e Gabino decidiu se tornar padre. Fez com que sua casa se transformasse numa igreja. Consagrou Suzana a Jesus Cristo e educou-a ajudado por seu irmão Caio, que já era padre. Juntos, os dois exerciam um apostolado fecundo. Pregavam o Evangelho, convertiam pagãos, ministravam a comunhão e fortaleciam a Igreja num período de pausa nas perseguições.

Parente do imperador

Segundo alguns registros da época, gabino era parente do imperador Diocleciano. Por isso, em certa ocasião, Diocleciano quis que a filha de Gabino se tornasse sua nora. Gabino, porém, não permitiu. A filha também, por sua vez, não queria de maneira alguma, desfazer os votos feitos a Jesus. O pai e o tio a apoiavam. O tio Caio, aliás, tinha sido eleito Papa em 283. Diocleciano, como era de se esperar, ficou muito irritado. E, juntando isso à decadência do império, decretou a mais severa perseguição registrada contra o Cristianismo, que passou a ser acusado de causador de todos os males do império. Assim, ser parente do imperador de nada serviu.

Perseguição oficial

Relatos encontrados atestam que o padre Gabino esforçou-se ao estremo para consolar e fortalecer os cristãos escondidos. Enfrentou o perigo serenamente. Caminhava quilômetros a pé, ia de casa em casa, de igreja em igreja, fortalecendo a fé e preparando os cristãos para o terrível sacrifício que os esperava. São gabinos celebrou inúmeras missas em catacumbas e cavernas. Nesses lugares, ministrava a comunhão aos que possivelmente seriam mortos devido à fé em Jesus Cristo.

Martírio

Finalmente São gabinos foi preso. Com ele sua filha, que foi sacrificada antes. São gabinos foi julgado e não renegou a fé. Por isso, foi torturado cruelmente e condenado à morte por decapitação. Antes da morte, passou seis meses numa cela sem luz. Ali, passou fome, sede e frio. Depois foi decapitado no dia 19 de fevereiro do ano 296, em Roma. São gabinos foi um símbolo da fé. Um símbolo do cristianismo para várias gerações. No século V, sua antiga casa, que tinha sido uma igreja às escondidas, foi transformada numa grande basílica. Em 738 as relíquias de São Gabino foram trasladadas para a cripta do altar-mor desta basílica. Ali elas repousam junto das relíquias de sua filha. No século XV a basílica foi restaurada pelo famoso arquiteto Bernini. Hoje ela é considerada uma das mais belas do Vaticano.

Oração a São Gabino

“Ó Deus, que destes a São Gabino a graça da perseverança na fé até ao extremo de entregar sua própria vida devido à fé em Jesus Cristo, dai também a nós a graça de perseverar na fé mesmo diante das dificuldades, para que o vosso nome seja sempre mais glorificado. Amém. São Gabino, rogai por nós.”

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