Santo Atilio

 Santo Atilio

Atílio, bispo na região da Úmbria, Itália, destacou-se pela sua fervorosa dedicação à fé cristã e ao serviço pastoral no século III. A tradição o venera como um líder espiritual que enfrentou perseguições com coragem, guiando sua comunidade com sabedoria e amor. Sua vida é um testemunho de compromisso com os ensinamentos de Cristo, e ele é lembrado por sua piedade e zelo apostólico.

Origens

Atílio nasceu no ano 162, provavelmente em Lião, na França. Sua família era nobre, cristã e original de Lásio, na Itália, mas viviam em Lião. Sabe-se que antes de completar quinze anos ele já era diácono na comunidade cristã local. Seu nome, Atílio, era muito comum na região de Lásio.

Perseguição

No ano 177 a perseguição contra os cristãos decretada pelo imperador Marco Aurélio chegou ao ápice da violência. Cristãos de Lião, na França e de Viena, na Áustria, foram especialmente perseguidos e mortos. Os sobreviventes dessas comunidades escreveram para os cristãos da região informando detalhadamente sobre a perseguição.

Atílio é atingido

Cristãos eram presos, julgados sumariamente em praças públicas e executados sem piedade pelo simples fato de serem cristãos, especialmente os líderes das comunidades. Nessa fase, o adolescente diácono Atílio foi preso. Porém, por ser tão jovem e tão admirado pelo povo, o juiz decidiu reservá-lo.

Longo sofrimento

O juiz tinha a intenção de fazer Atílio renegar a fé cristã e apresentá-lo como “troféu” a Marco Aurélio, o imperador. Por isso, submeteu-o a um longo tempo de torturas. Entre as torturas, o juiz o fez assistir às torturas e mortes dos outros cristãos. Ele assistiu, inclusive, a agonia de seu bispo, chamado Ótimo. Este, já idoso, após sofrer as piores agressões, ficou agonizando por dois dias até morrer. Porém, não renegou a fé, tornando-se mártir e santo da Igreja.

48 mártires

O juiz fez Santo Atílio presenciar também o martírio de outros irmãos da comunidade no circo. Estes receberam açoites com varas e, depois, foram jogados à feras para serem devorados. Atílio presenciou a morte de quarenta e oito mártires ao longo de alguns dias.

Morte

O tempo todo o juiz questionava Santo Atílio, para ver se ele renegava a fé cristã. Mas, Atílio não renegou. Por isso, num dia 28 de junho, ele foi condenado à morte. E sua morte foi especialmente cruel. Foi colocado no centro do circo, amarrado a uma cadeira de ferro e queimado vivo, num espetáculo cruel. À noite, alguns cristãos sobreviventes recolhiam partes restantes dos corpos dos irmãos e sepultavam secretamente. Assim fizeram com os restos mortais do diácono e santo Atílio.

Relíquias

Passada a terrível perseguição, os restos mortais daqueles mártires foram recolhidos e sepultados numa igreja que, mais tarde, viria a se tornar a catedral de Lião. O culto a esses mártires iniciou logo após essa trasladação de suas relíquias, numa celebração grandiosa que recebeu o nome de "festa das Maravilhas". Quando o Martirológio Romano foi reformado, os mártires que tinham identificação precisa passaram a ser celebrados individualmente. Assim, Santo Atílio, passou a ser celebrado no dia 28 de junho, dia de sua morte.

Oração a Santo Atílio

“Ó Deus, que destes a Santo Atílio a graça de defender a fé em jesus Cristo com a própria vida, sendo ainda um adolescente de quatorze anos, dai também a nós a graça da perseverança e da coragem de testemunhar o vosso nome, pelo nosso comportamento, onde quer que estejamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém. Santo Atílio, rogai por nós.”

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