Santa Úrsula Ledochowska, fundadora das Ursulinas do Sagrado Coração de Jesus, dedicou sua vida à educação e ao serviço dos necessitados, especialmente crianças e jovens. Nascida na Polônia, enfrentou os desafios de duas guerras mundiais, mantendo firme sua fé e promovendo a paz. Sua espiritualidade centrada no Sagrado Coração a impulsionou a criar escolas e centros de acolhimento, espalhando o amor e a compaixão. Canonizada em 2003, seu exemplo inspira a uma vida de serviço e dedicação ao próximo.
Fundadora da congregação das Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante
Júlia Ledochowska nasceu no dia 17 de abril de 1865. Era filha de família nobre polonesa que residia na Áustria. Sua família era fervorosa. Uma de suas irmãs, a mais velha, chamada Maria Teresa, foi religiosa, fundadora de uma congregação e também santa. Seu irmão era padre Jesuíta, tendo sido o vigésimo sexto superior geral da Companhia de Jesus.
Origens
Júlia Ledochowska viveu na Áustria até o começo de sua juventude e lá, completou seus estudos. Depois, depois voltou com seus pais para a Polônia e foram viver na Croácia. Quando tinha vinte e um anos decidiu ingressar na congregação das Irmãs Ursulinas, em Cracóvia. Quando fez os votos perpétuos, em 1899, assumiu o nome de Úrsula, em homenagem à santa fundadora da congregação.
Vocação religiosa
Irmã Úrsula Ledochowska revelou-se uma educadora altamente eficiente e grande empreendedora. Ela fundou um pensionato para moças e promoveu entre as jovens a Associação das Filhas de Maria. Devido a sua eficiência e amor ativo, foi eleita superiora do convento e exerceu a função brilhantemente por quatro anos. Seu carisma para a educação e o empreendedorismo foi percebido de longe.
Educadora e empreendedora
Devido a seu trabalho entre as moças, madre Úrsula Ledochowska recebeu um convite da Rússia. O Pároco da Igreja de Santa Catarina, na cidade de Petersburgo, Rússia, convidou-a para coordenar um internato de moças polonesas, estudantes exiladas. À época, o governo russo perseguia qualquer atividade religiosa. Por isso, Santa Úrsula Ledochowska teve que se vestir com roupas civis para garantir sua segurança.
Uma lâmpada para ser colocada no alto
Em 1909, Santa Úrsula Ledochowska viajou para a Finlândia, onde fundou uma casa das Irmãs Ursulinas. Lá, ela foi à frente de seu tempo criando uma escola para moças doentes, que funcionava ‘ao ar livre’, seguindo um modelo usado na Inglaterra. Depois disso, voltou a Petersburgo e lá fundou também uma casa das Irmãs Ursulinas.
Obra ousada na Finlândia
Santa Úrsula Ledochowska tinha cidadania austríaca. Por isso, passou a ser perseguida pela polícia da Rússia nos tempos da Primeira Guerra Mundial. Esta perseguição fez com que ela se refugiasse na Suécia em 1914. Mas ela tomou este tempo de refúgio como plano de Deus para sua vida e fundou, também na Suécia, um pensionato para moças e uma escola. Além disso, fundou um jornal católico para os suecos, chamado "Solicitar", que significa “Vislumbres do Sol”. O jornal é editado até agora.
Fugitiva da Primeira Guerra Mundial
Em 1917, Santa Úrsula Ledochowska foi para a Dinamarca. Dessa vez sua missão era dar assistência e socorrer os poloneses perseguidos. Nesta missão ela permaneceu durante dois anos. Depois disso, voltou para o convento onde iniciara sua vida religiosa na Polônia.
Missionária na Dinamarca
Além de todos os trabalhos prestados à Igreja, Santa Úrsula Ledochowska guardava em seu coração o chamado de Deus para expandir ainda mais sua missão. Ela sentia que precisava fundar uma nova congregação de freiras com o carisma de ajudar os jovens abandonados, os pobres, os idosos e as crianças. Por isso, ela se separou de sua congregação, com todo o acompanhamento eclesiástico necessário e fundou a Congregação das Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante.
Fundadora de uma nova Congregação
A nova Congregação dirigida por Santa Úrsula Ledochowska se expandiu na Polônia e na Itália. Em 1930 a Congregação foi aprovada pelo Vaticano e se expandiu mais ainda pela Europa. Nove anos depois, havia mais de mil irmãs na Congregação, espalhadas em trinta e cinco casas.
A Obra se expande
Santa Úrsula Ledochowska deixou inúmeros livros escritos em polonês. Eles foram traduzidos para várias línguas levando mais longe ainda a Obra de Santa Úrsula Ledochowska. Ela faleceu no dia 29 de maio de 1939, na Casa mãe da Congregação, em Roma. Em 1983 o Papa João Paulo II celebrou sua beatificação. Passados vinte anos, o mesmo Papa celebrou sua canonização e declarou ser devoto da santa.
Morte
“Ó Deus, que destes a Santa Úrsula Ledochowska o dom de dedicar sua vida em favor dos mais necessitados e de ousar em favor do Reino de Deus, dai-nos a graça de imitá-la para que o vosso nome seja sempre mais glorificado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo, amém. Santa Úrsula Ledochowska, rogai por nós.”
Oração a Santa Úrsula Ledochowska