Maria de Cleófas, figura do Novo Testamento, desempenhou um papel significativo na Paixão de Cristo. Identificada como esposa de Cléofas e mãe de Tiago Menor e José, ela se destaca por sua fidelidade e devoção a Jesus. Testemunha ocular da crucificação, Maria de Cleófas permaneceu ao lado de Maria Madalena e Maria, mãe de Jesus, demonstrando coragem e amor inabaláveis. Sua presença no Calvário e sua visita ao sepulcro vazio ressaltam sua importância como seguidora leal e testemunha da ressurreição. A tradição a reconhece como santa, celebrada por sua fé e proximidade a Jesus.
Origens
Santa Maria de Cléopas é uma tia de Jesus citada nos Evangelhos. Como ela é chamada, Maria “de Cléopas” é uma referência ao seu marido chamado Cléopas. Em algumas versões ele é chamado de Cléopas ou de Clopas, mas trata-se da mesma pessoa. Cléopas Alfeu era irmão de São José e Maria de Cléopas era irmã da Virgem Maria segundo algumas tradições. Santa Maria de Cléopas acompanhou Jesus desde a gravidez da Virgem Maria até sua morte e ressurreição. É, portanto, uma testemunha ocular e preciosa dos fatos relativos à História da Salvação.
A confusão com os chamados “irmãos de Jesus”
Santa Maria de Cléopas e seu marido tiveram três filhos mencionados nos Evangelhos: Simão, Tiago Menor, José e Judas Tadeu. Eles foram muitas vezes confundidos como sendo “irmãos do Senhor”, mas, na realidade, eram primos. É que nas línguas semíticas não existe uma palavra para designar “primo” e outros graus de parentesco. Por isso, parentes como tios e primos são chamados de irmãos.
Testemunha
Santa Maria de Cléopas vivia em Nazaré com sua família e, provavelmente, tinha sua casa ao lado da casa de Nossa Senhora, como era o costume das famílias naquele tempo. Por isso, ela acompanhou certamente a Virgem Maria em todos os momentos do Mistério de Cristo. Como tia, carregou Jesus no colo, amparou-o, encantou-se com a bondade do sobrinho e alegrou-se ao ver seus filhos seguindo os passos de Jesus.
Presente nos Evangelhos
Os Evangelhos atestam Santa Maria de Cléopas acompanhando Jesus em várias passagens. Encontramo-la fiel no sofrimento, aos pés da cruz de Jesus, ao lado da Virgem Maria: "Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléopas, e Maria Madalena". (Jô 19,25)São Mateus confirma esta presença (Mateus 27, 56 e 61). Depois, na madrugada do domingo da ressurreição (Mt 28,1). São Marcos relata a presença de Santa Maria de Cléopas aos pés da Cruz (Mc 15, 40 e 47) e também que Santa Maria de Cléopas foi uma das testemunhas da ressurreição de Cristo: "E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo (...) O mensageiro divino anunciou às piedosas mulheres: por que procuram o vivo entre os mortos?"(Mc 16,1 e seguintes). E depois, muito provavelmente, ela e seu marido Cléopas estiveram no Cenáculo no dia de Pentecostes quando o Senhor enviou o Espírito Santo, dando início à Igreja.
Apoio a Nossa Senhora
Santa Maria de Cléopas foi, sem dúvida, um apoio humano para a Virgem Maria. Na alegria e na tristeza ela é citada nos Evangelhos. Seus filhos certamente cresceram como irmãos de Jesus na pequena aldeia de Nazaré, que tinha, no máximo, 500 habitantes. É admirável sua fidelidade aos pés da cruz de seu sobrinho Jesus, e na alegria da ressurreição, quando ela e outras mulheres foram ao túmulo para ungir o corpo do Mestre e acabaram encontrando-o vivo, ressuscitado. Por tudo isso, Santa Maria de Cléopas pode ser chamada carinhosamente de padroeira das tias, pois ela foi tia amada e presente na vida de Jesus.
Oração a Santa Maria de Cléopas
“Ó Deus, que destes a Santa Maria de Cléopas a graça de ser irmã de Nossa Senhora, cunhada de São José e tia de Jesus, presente em todos os momentos da vida dele, dai também a nós a graça de sermos presentes junto às nossas famílias, sejam as de laços consanguíneos, sejam as de laços afetivos. Por Cristo, nosso Senhor, amém. Santa Maria de Cléopas, intercedei por nós. Ajuda-nos na relação com nossas famílias e abençoe nossos entes queridos. Santa Maria de Cléopas, rogai por nós.”