Santa Margarida De Cortina

 Santa Margarida De Cortina

Margarida de Cortona, nascida em Laviano, Itália, no século XIII, personifica a transformação através do arrependimento. Após anos de vida mundana, marcada por um relacionamento ilícito e a maternidade, a descoberta do corpo assassinado do seu companheiro impulsionou-a a uma profunda conversão. Margarida dedicou sua vida à penitência, à oração e ao serviço aos pobres e doentes, tornando-se terciária franciscana. Sua história é um testemunho do poder redentor da graça divina e da possibilidade de um novo começo, mesmo após grandes erros.

Origens

Margarida perdeu a mãe ainda muito criança. Isso foi determinante em sua vida. Seu pai casou-se novamente. Com isso, Margarida iniciou uma vida de grandes sofrimentos nas mãos de sua madrasta. Abandonada dentro da família, ela cresceu sem limites e desenvolveu várias desordens emocionais e uma abertura perigosa aos luxos e prazeres desregrados.

Amante

Ainda adolescente, Margarida tornou-se amante de um homem nobre e muito rico. Daí em diante, passou a usufruir da fortuna do amante e entregou-se às diversões mundanas. Levava uma vida frívola, vazia e preocupada apenas com prazer e diversão.

Um choque muda sua vida

Um dia, porém, seu amante foi fazer vistorias em alguns terrenos seus e foi assassinado. Margarida só encontrou o corpo dias depois, porque, estranhando a demora do homem, decidiu seguir a cachorrinha de estimação que o tinha acompanhado na viagem. Quando ela viu o corpo do homem já em putrefação, teve a iluminação do arrependimento. Percebeu, ali, a futilidade da vida que vivia e voltou para a casa de seu pai. Seu objetivo era passar o resto de sua vida em penitência.

Penitência pública e perseguição da madrasta

Com o intuito de mostrar publicamente sua conversão, Margarida foi à missa tendo uma corda amarrada no pescoço. Pediu perdão a todos pelo desrespeito de sua vida passada. Essa atitude, porém, despertou a inveja de sua madrasta. Esta tramou e agiu até conseguir que Margarida fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu bastante por causa disso. Chegou a pensar em voltar à sua vida de riqueza e luxuria. Porém, venceu a tentação e, com firmeza, manteve-se na decisão que tinha tomado.

Franciscana terceira

Margarida procurou os franciscanos de Cortina e conseguiu ser aceita na Ordem Terceira. Porém, para ser aceita definitivamente, teria que enfrentar três anos de provações. Nessa época, ela infligiu a si mesma a penitências mais severas, com o intuito de vencer as tentações. Os superiores franciscanos passaram, então, a orientá-la. Isso a impediu de voltar a cometer excessos em suas penitências.

Mística

Com apenas vinte e três anos Santa Margarida de Cortina, foi agraciada com várias experiências religiosas e místicas, presenciadas e confirmadas por seus diretores espirituais franciscanos. Entre essas experiências, há relatos de visões, revelações, visitas do anjo da guarda e até mesmo aparições de Jesus Cristo. Aliás, com Jesus ela conversava frequentemente nos momentos de orações contemplativas.

Morte

Santa Margarida de Cortina percebeu a aproximação de sua morte e partiu para o Pai serenamente. Era o dia 22 de fevereiro de 1297. A canonização de Santa Margarida de Cortina foi celebrada pelo Papa Bento XIII no ano 1728. Sua veneração litúrgica ficou instituída para o dia de sua morte.

Oração a Santa Margarida de Cortina

“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santa Margarida de Cortina, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

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