Juliana de Nicomédia, virgem e mártir do século IV, é lembrada por sua fé inabalável durante a perseguição de Maximiano. Noiva de um oficial pagão, recusou o matrimônio até que ele se convertesse ao cristianismo. Sua firmeza na fé a levou a sofrimentos terríveis e, finalmente, à decapitação. Venerada como santa, é padroeira dos doentes e parturientes, simbolizando a coragem e a pureza da fé em face da adversidade. Sua história inspira a perseverança na crença em Cristo.
Origens
Juliana nasceu em Ratine, na Bélgica no ano de 1193. Ficou órfã muito cedo e foi morar em Monte Cornilhão, com as irmãs Agostinianas. Com 14 anos fez os votos e se tornou uma Irmã agostiniana. Era fervorosa devota do Santíssimo Sacramento e não ficava sem participar da santa missa.
Visões de Santa Juliana
Em suas orações diárias, Santa Juliana começou a ter a estranha visão da lua cheia com um corte preto no seu centro. Por mais de dois anos teve essa visão sem entender o seu significado. Fez então um pedido ardoroso a Jesus no Santíssimo Sacramento: que fosse concedido a ela saber o que significava aquilo. Foi, então, que ela obteve a seguinte resposta:
"A lua representava a igreja com suas festas, e a faixa preta significava a falta de solenidade por que passava a igreja."
Santa Juliana comunicou sua visão a Dom Roberto de Chorote, Bispo de Liege, e ao Bispo Dominicano Jaques de Panteon, que se tornou o Papa Urbano IV. Dom Roberto até instituiu um dia especial para que fosse comemorado o dia do Santíssimo Sacramento, mas faleceu antes de ver cumprido o seu pedido. Como havia uma forte corrente de bispos e padres contra esta festa, ela não se realizou, e Santa Juliana foi transferida para um distante mosteiro na cidade de Namur.
E Jesus concluiu dizendo:
Conhecendo Santa Juliana, o Cardeal Cher, resolveu instituir uma celebração de Corpus Christi na igreja de São Martinho, em Liege. O Cardeal criou então um rito especial, seguido até agora. Mas Santa Juliana não conseguiu ver a celebração, porque morreu no dia 10 de junho de 1258.
"Quero que seja criada uma festa especial em honra ao Sacramento do meu corpo e do meu sangue."
Santa Juliana ficou muito doente do estômago. Não conseguia nem beber água e, durante algum tempo, agonizou, mas sempre em oração, nunca perdendo a confiança em Jesus Sacramentado. No dia de sua morte, pediu ao padre que colocasse uma hóstia consagrada sobre seu peito, pois ela não conseguia engolir nada, e milagrosamente a Hóstia desapareceu.
Dificuldades
Quando as irmãs foram preparar o corpo de Santa Juliana para o enterro, viram como que uma tatuagem da Hóstia Santa sobre o seu peito, na altura do coração, com a cruz de Jesus Cristo no centro dela. Com alegria vendo este milagre, as irmãs mandaram colocar do lado esquerdo de seu Escapulário a imagem da Hóstia Santa, que carregam até agora.
Início da celebração da festa
O Papa Urbano IV, sabendo da morte de Santa Juliana e conhecendo suas visões, pois na época em que ainda era o Bispo Jaques de Pantaleão, Santa Juliana lhe contou suas visões e que Jesus Cristo pedia a instituição de uma festa em honra ao seu Sacratíssimo Corpo e sangue, o Papa instituiu então o dia de Corpus Christi, através da Bula Papal Transi turus, marcando o dia para a quinta-feira após a oitava de Pentecostes.
Milagre na morte de Santa Juliana
Santo Thomas de Aquino, a pedido do Papa, criou o famoso hino "Tuntum Ergo", (Tão Sublime Sacramento) em honra ao santíssimo Sacramento. Desde então, em todo o mundo, este hino é cantado nas procissões Eucarísticas e nas Bênçãos do Santíssimo Sacramento. Tudo isso deve-se à inspiração que Deus deu a Santa Juliana. O Papa Clemente XII Canonizou Santa Juliana no ano de 1737. Sua festa é celebrada no dia 10 de junho.
Santa Juliana falou então: "Meu doce Jesus", e morreu.
"Ó gloriosa Santa Juliana, estamos diante de vossos pés com confiança filial de sermos exaltados. Nós vos pedimos as graças dos três amores celestiais, pelos quais, fostes de Deus a favorita, em vossa carreira mortal: O Ardente amor a Jesus Eucarístico. O amor a Virgem das Dores, e o amor aos pobres pecadores. Sois exemplo de virgindade, penitência, dedicação, amor ao próximo e de assistência aos mais necessitados. Concedei-nos por seus merecimentos, a graça de sempre termos em nossa vida uma incessante comunhão com Jesus Sacramentado, e com a Rainha das Dores, e que também possamos oferecer um sacrifício a Deus salvando almas que vivem longe Dele. Dai-nos vossa intercessão, e pelos méritos de Jesus e Maria, junto dos quais estais no Céu, sejais nossa potente advogada, e doce protetora, a fim de alcançarmos a pátria celeste. Santa Juliana rogai, por nós. Amém."
Dia do Santíssimo Sacramento
Hino de Santo Tomás de Aquino
Oração a Santa Juliana