Santa Ana

 Santa Ana

Ana, venerada como mãe da Virgem Maria e avó de Jesus, é uma figura central na tradição cristã. Sua história, embora não presente nos textos bíblicos canônicos, é ricamente detalhada em fontes apócrifas. Ana e seu esposo Joaquim, após anos de infertilidade, foram agraciados com a concepção de Maria. Sua vida é um testemunho de fé, perseverança e da graça divina, tornando-a um exemplo de santidade para os fiéis.

O nome a descendência de Santa Ana

Santa Angolana'Ana é a mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus. Sobre ela, porém, há poucos dados biográficos. As referências que chegaram até nós sobremos os pais de Maria foram deixadas pelo Proto-Evangelho de Tiago, um livro escrito provavelmente no primeiro Século e que não faz parte dos Evangelhos Canônicos, ou seja, aqueles reconhecidos pela Igreja como oficiais. Porém, o Evangelho de Tiago é uma obra importante da antiguidade e citada em diversos escritos dos padres da Igreja Oriental, como Epifânio e Gregório de Nica.

Um casal comum

O nome "Ana" vem do hebraico "Hanna" e significa "graça". Santa Ana era de família descendente do sacerdote Aarão. Ela era esposa de um santo: São Joaquim que, por sua vez, era descendente da família real de Davi. Nesse casamento estava composta a nobreza da qual Maria seria descendente e, posteriormente, Jesus.

A esterilidade de Santa Ana

Santa Ana se casou jovem como toda moça em Israel naquele tempo. A tradição diz que São Joaquim era um homem de posses e bem situado na sociedade. Ambos viviam em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesga, onde hoje está basílica de Santana. O casal se relacionava com pessoas de todo Israel, especialmente nas festas em Jerusalém.

A concepção milagrosa de Maria

Santa Ana, porém, tinha um grave problema: era estéril. Não conseguia engravidar mesmo após anos de casada. Em Israel daquele tempo a esterilidade era sempre atribuída à mulher, devido à falta de conhecimento. A mulher estéril era vista como amaldiçoada por Deus. Por isso, Santa Ana sofreu grandes humilhações. São Joaquim, por sua vez, era censurado pelos sacerdotes por não ter filhos. Tudo isso fazia com que o casal sofresse bastante.

O nascimento de Maria

Santa Ana e São Joaquim, porém, eram pessoas de fé e confiavam em Deus, apesar de todo sofrimento que viviam. Assim, num dado momento da vida, São Joaquim resolveu retirar-se no deserto, para rezar e fazer penitência. Nessa ocasião, um anjo lhe apareceu e disse que suas orações tinham sido ouvidas. Ao mesmo tempo, o anjo apareceu também a Santa Ana confirmando que as orações do casal tinham sido ouvidas. Assim, pouco tempo depois que São Joaquim voltou para casa, Ana engravidou. Parece que através do sofrimento, Deus estava preparando aquele casal para gerar Maria, a virgem pura concebida sem pecado.

Devoção à Santa Ana

Segundo a Tradição cristã, no dia 8 de setembro do ano 20 a.C., Santa Anadel à luz uma linda menina à qual o casal colocou o nome de Miriam, que em hebraico, significa "Senhora da Luz". Na tradução para o latim ficou "Maria". A vergonha tinha ficado para trás. E daquela que todos diziam ser estéril nasceu Nossa Senhora, a mãe do Salvador. Santa Ana e São Joaquim são de fundamental importância na História da Salvação. Não só pelo nascimento de Maria, mas também pela formação que deram à futura Mãe do Salvador.

Aparição de Santa Ana em Aurai, na França

A devoção a Santa Ana e São Joaquim é muito antiga no Oriente. Eles foram cultuados desde o começo do cristianismo. No século VI a devoção a eles já era enraizada entre os fiéis do Oriente. No Ocidente, o culto a Santana remonta ao século VIII. Em 710, as relíquias da avó de Jesus foram levadas de IsraelparaConstantinopla e, de lá, foram distribuídas para várias igrejas. A maior dessas relíquias ficou na igreja de Sant'Ana, endurem, Alemanha. No ano de1584, papa Gregório Minimizou a data da festa de Sant'Ana em26 de julho. Na década de 1960 o Papa Paulo VI juntou a esta data a comemoração de São Joaquim. Por isso, no dia 26 de julho comemora-se também o "Dia dos Avós".

Yves Nicolásia tornou-se construtor. Ele foi pedreiro e mestre de obras na construção da Igreja de Santana em Aurai.

Em 1625 um fato extraordinário mudaria o foco da devoção a Santana. No vilarejo de Aurai, na França, ela apareceu a um homem chamado Yves Nicolásia. Na aparição Santana disse: "Yves Nicolásia, não temas. Eu sou Ana, mãe de Maria. Dize a teu pároco que neste local da Terra, chamado Bocem-no, existia, outrora, uma capela que me era dedicada, e isso, antes mesmo que houvesse qualquer aldeia por aqui. Era a primeira capela erguida em toda a região. Ela foi destruída há 924 anos e seis meses. Desejo que uma nova capela seja erguida neste local, o mais depressa possível, e que cuideis dela, porque Deus quer que eu seja honrada nesta área.' Yves Nicolásia obedeceu e levou o povo do vilarejo ao local indicado por Santana. Lá, encontraram a antiga imagem, tal qual Santana havia dito. O bispo da diocese de Cannes, Dom Rosnado, mandou investigar os fatos. Os estudiosos confirmaram tudo que fora anunciado por Santana.

O papa João Paulo II fez uma visita a Aurai em 1996. Depois disso, o número de peregrinos subiu para cerca de 800 mil pessoas por ano.

Santana é a padroeira dos avós. Mas também é invocada pelas mulheres que não conseguem engravidar. Santana é também a padroeira da educação, tendo educado Nossa Senhora e influenciado profundamente na educação de Jesus. Santa Ana, avó de Jesus. Ela sabe dar o carinho e atenção das avós. Ela conhece o aconchego que só as avós podem dar aos netos. Por isso, recorramos a Santa Ana com confiança. Com a mesma confiança que nos aproximamos de nossas tão queridas avós para pedir as graças que precisamos.

Santa Ana padroeira dos avós

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