Nossa Senhora Do alívio

 Nossa Senhora Do alívio

Nossa Senhora do Alívio é invocada como intercessora compassiva em momentos de aflição e sofrimento. Sua imagem evoca a maternidade divina que oferece consolo e esperança aos aflitos. A devoção a Nossa Senhora do Alívio busca o auxílio em doenças, angústias e dificuldades da vida, confiando em sua poderosa intercessão junto a Deus para alcançar a cura e a paz. É um refúgio para os que buscam alívio em suas tribulações.

Nossa Senhora do Alívio - Segundo e terceiro domingos de setembro

Em 1790 o Pe. Francisco Xavier Leite Fragoas era pároco de São Miguel de Soutelo, na arquidiocese de Braga. De acordo com Leônidas de Abreu em seu livro “O santuário do Alívio” (Braga, 1958), o pároco era membro de uma família nobre e muito caridosa. Era gentil e caridoso com o povo, sempre procurando renunciar a toda ostentação e vaidade. Ele se preocupava muito em manter a igreja matriz limpa e bonita, simplesmente porque sabia que a igreja é a casa do Senhor.

Protetora das grávidas e Padroeira de Soutelo

Um dia, o Padre ficou doente a ponto de não conseguir se levantar da cama. Assim, chamaram muitos médicos, e ele foi diagnosticado com doenças gravíssimas. Dia após dia o padre piorava cada vez mais, sem que os médicos encontrassem a cura. Contudo, o padre não queria falecer e deixar suas realizações na igreja matriz inacabadas. Assim, sendo um fervoroso devoto da Virgem Santíssima, ele pede a ela a cura de suas enfermidades, prometendo construir um templo em sua homenagem.

Origens

Numa linda manhã, o assistente do Pe. Xavier vai ao quarto do padre para lhe servir seu almoço, e, aos aproximar da porta do quarto, vê uma forte luz passar por lá. Ele ficou bastante intrigado, já que sabia que não havia ninguém com o padre naquela hora, e que as janelas estavam fechadas. Ele esperou alguns segundos para decidir o que fazer e então resolveu entrar no quarto. Ao entrar, o auxiliar não encontrou a tal claridade, mas viu que o padre possuía um olhar mais vivo, um espírito mais calmo, uma voz mais audível, e sorriso esperançoso no rosto. Percebendo a curiosidade estampada na cara de seu assistente, o padre pergunta se ele tinha visto algo diferente. O assistente diz então que avistou uma luz extremamente brilhante passando debaixo da porta do quarto do padre. O padre então resolve contar a ele o acontecido: “Foi Nossa Senhora que me apareceu! Esteve aqui no quarto, eu vi-a! Ela me curará e assim eu poderei concluir as obras da igreja!” Desde então, o padre melhorou rapidamente, logo voltando às suas funções na paróquia.

A grave enfermidade

Tendo recebido a graça de Maria, o padre viu que era hora de cumprir suas promessas. Ele queria construir a maior capela que seu dinheiro permitisse. Assim, no ano de 1794 escreveu uma carta ao D. Frei Caetano Brandão, arcebispo de Braga, requisitando autorização para construir uma capela em louvor de Maria Santíssima no lugar onde ficava a Gândara, deixando dinheiro suficiente para a construção e a manutenção da capela. A solicitação não foi atendida, fato que fez com que ele insistisse de novo com o bispo, dizendo que a referida capela seria para veneração a Nossa Senhora do Alívio.

A aparição de Maria

Assim, no dia 18 de agosto de 1794, o arcebispo concede autorização para a construção da capela. Ao ficar sabendo, o padre já começa a construção, e, no dia 18 de junho de 1798, comunica ao arcebispo de Braga pedindo suas bênçãos e dizendo que concluiu a construção da capela. A consagração da Capela de Nossa Senhora do Alívio ocorreu no dia 7 de setembro do de 1798. Nesse dia houve uma grande festa em Soutelo, onde várias autoridades da igreja estiveram presentes, com uma grande multidão. Houve uma procissão para levar a imagem de Nossa Senhora do Alívio saindo da igreja matriz de Soutelo até a capela construída, na companhia de doze apóstolos e doze anjos.

Começando a cumprir as promessas

A devoção a Nossa Senhora do Alívio começou no ano de 1798, quando o Padre Xavier havia terminado de construir a igreja em sua homenagem. Foi colocada uma imagem de Nossa Senhora do Alívio na igreja, o que fez com que a devoção a ela aumentasse ainda mais. Depois disso, no ano de 1800 foi fundada uma confraria. Segundo Leônidas de Abreu,“De aí por diante, gente de perto e de longe acorria diariamente a venerar a Virgem, que, por sua vez, derramava abundantes graças sobre todos os que imploravam a sua divina proteção”. Especialmente as grávidas adotaram Senhora do Alívio como protetora.

A construção da capela

Não demorou muito para que a abundância de devotos se transformasse em romarias bastante fervorosas. As festas para Nossa Senhora do Alívio ocorrem no segundo e no terceiro domingos de setembro. Os Estatutos ordenam que a festa tenha “pelo menos, missa cantada com acólitos e sermão”.

Devoção Nossa Senhora do Alívio

“Senhor Jesus Cristo, Mediador nosso junto do Pai, que, pelo poder do Espírito Santo, Vos dignastes escolher a Virgem Santíssima, Vossa Mãe, que invocamos como Senhora do Alívio, nossa Medianeira e auxílio nas doenças e preocupações, concedei misericordiosamente a quem por ela Vos invoca, procurando as Vossas graças, se alegre de as receber para louvor da Vossa Glória. Amém.”

As festas em homenagem à Virgem

Oração a Nossa Senhora do Alívio

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