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A certeza concernente à Essência do Senhor Jesus, Herdeiro de Deus, é singela e intensa. Ela se acha manifestada na Escritura Divina, e podemos compreendê-la por intermédio da iluminação que nos é concedida pelo Espírito Imaculado. É preciso considerar que esta explicação suplanta a razão humana; a crença, todavia, se apropria das afirmações da Escritura Sagrada, e reverencia.

CRISTO NA ETERNIDADE, ANTES DO TEMPO

O Deus perene:
– “No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1).

– “…pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus” (Filipenses 2:6).

Desde a perpetuidade, antes da cronologia, Deus o Filho já vigorava (ou “era”). Ele, portanto, é sem gênese, persiste eternamente, e é tão sublime e merecedor de veneração como Deus o Pai e Deus o Espírito Santo.

-“Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (João 1:18).

-“Tu és o cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).

-“. . .me amaste antes da fundação do mundo” (João 17:24).

Cristo é Filho desde toda a imortalidade. Mas o ocorrido dEle ser Filho não acarreta um princípio nem uma posição inferior à do Pai. Ele é, como já foi dito, equiparável a Deus e de uma presença eterna. Desde a eternidade Ele era o alvo do afeto do Pai – É o “Filho do seu amor” (Colossenses 1:13).

CRISTO NO TEMPO SOBRE A TERRA, E AGORA NO CÉU

 

O Filho eterno de Deus:
“Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo” (1 João 4:9).

-“A si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo” (Filipenses 2:7).

-“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1:14).
-“Mas acerca do Filho [diz]: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre” (Hebreus 1:8).

Quando o Filho de Deus se fez homem, dissimulou a magnificência de Sua divindade. A si próprio se esvaziou; do contrário, o homem não teria aguentado Sua assistência (Êxodo 33:20). Apesar disso, continuou sempre como o Filho eterno de Deus. Como tal, é eternamente onipresente (João 1:18), onisciente (João 18:4) e onipotente (João 18:6). Ele permanece Deus após Sua ressurreição e ascensão, e por toda a eternidade.

O Filho de Deus, gerado pelo Espírito Santo:
-“Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei” (Salmo 2:7)

-“Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:35).

O fato de que o Senhor Jesus tenha sido procriado por Deus o Espírito Santo é também uma razão para que seja chamado Filho de Deus. Tal como havia sido anunciado no Antigo Testamento, Maria assim O obteve (Lucas 1:35), Natanael O reconheceu (João 1:49), o cego de nascimento O venerou (João 9:35-38), e Tomé dirigiu-se a ele depois de Sua ressurreição (João 20:28).

JESUS, PERFEITAMENTE HOMEM:

1)  Um homem que nasceu e viveu aqui na terra

-“Ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura”   (Lucas 2:7).

-“O Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10).

Há 2000 anos, o Filho de Deus veio a ser de fato homem em Belém. Possuía um espírito humano (João 13:21), uma alma humana (12:27) e um corpo humano (2:2 1).

Teve carência de alimento (Mateus 21:18), esteve exausto (João 4:6). Como homem, tinha que caminhar de um local para outro (João 4:4) por mais que, como Deus, fosse sempre onipresente. Em Marcos 13:32 está registrado que nem os anjos, nem mesmo o Filho sabem o dia e a hora da vinda do Filho do homem. Ele proferiu isso como homem na posição de Servo e de Profeta. Como Deus, contudo, é onisciente. Tais coisas vão além de nossa cognição humana, mas a crença O avalia como sendo perfeitamente homem, sem olvidar jamais que é, ao mesmo tempo, eternamente Deus.

2)  Um homem semelhante a nós, mas sem pecado

-‘Nele não existe pecado” (1 João 3:5).

Exteriormente, o Senhor Jesus não se diferenciava dos demais homens, nos quais reside o pecado (Romanos 8:3). Contudo, nEle não existe pecado. Não podia pecar nem perpetrou pecado algum. Por isso, o céu se abriu duas vezes sobre Ele, no princípio e no final de seu ministério como homem aqui na terra. “Foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo (Marcos 1:11; veja também 9:7).

3)  Um homem que morreu e ressuscitou

-“Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir”           

(João 10:17).               
  Jesus foi até o Gólgota e, como homem, abandonou Sua vida. Sabemos porquê! Ali consumou a obra da redenção a fim de que pudéssemos ser salvos. Realmente faleceu. Quanto a Seu espírito e alma, entrou no paraíso (Lucas 23:43); quanto a Seu corpo, foi colocado na sepultura (João 19:42). Depois de três dias, ressuscitou corporalmente. Como homem ressuscitado, foi visto por Cefas, logo pelos doze, e depois por mais quinhentos irmãos de uma só vez (1 Coríntios 15:5-6).

4) Um homem no céu por toda a eternidade

-“Sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem” (Ap 14:14).

-“Então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1Coríntios 15:28).

Depois de Sua ressurreição, Jesus ascendeu ao céu. Agora está ali assentado, como homem glorificado, no lugar mais elevado, à destra de Deus. Como homem, retornará para conduzir Consigo os Seus e introduzi-los na casa do Pai. Logo aparecera ao mundo em glória.

Como homem, exercerá o juízo (Apocalipse 14:14) e, segundo 1Co 15:28, vemos claramente que permanecerá homem eternamente. Como homem, o Filho se sujeitará a Deus por toda a eternidade.

Podemos dizer que deixou Sua vida como homem pelo poder de Deus. Também pelo mesmo poder divino ressuscitou como homem. Por último, pelo poder de Deus ascendeu ao céu (Efésios 4:10). E agora está assentado à direita da Majestade, como homem glorificado, nas alturas (Hebreus 1:3).

RESUMO

O Senhor Jesus é Deus eternamente, sem princípio, tão sublime como Deus o Pai. Era e é o Filho eterno, em união de amor com o Pai. Tornou-Se verdadeiro homem como nós, mas era sem pecado; não praticou pecado nenhum. Está fora de todo alcance do pecado, porque é sagrado. Permanece eternamente homem.

Estas são verdades basilares das Sagradas Escrituras. Não somente algumas passagens corroboram isso, mas toda a Palavra de Deus. Tal é a doutrina de Cristo. (2 João 7-11).

 Max Billeter

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