A melodia é a forma que os indivíduos se manifestam através de som, criando timbres numa organização específica para apresentar uma obra de formosura e atrativo. Há três classes de instrumentos musicais empregados para fazer melodia, os de corda, de assopro e de impacto. A melodia possivelmente principiou com a fala entoada e apenas depois de um período se desenvolveu e se converteu numa canção, que mais tarde foi acompanhada por instrumentos musicais. A melodia, como nós entendemos, é complexa. É um requinte e um jeito de diversão. Em épocas remotas, todavia, a melodia era uma manifestação fundamental do cotidiano, do labor e da veneração. A expressão “cantai ao Senhor” é usual no Velho Testamento (Êxodo 15:21), mas a nação judaica não era a única a usá-la. De fato, todas as crenças trazem à essência humana um estímulo natural de cantar. As orientações “cantai ao Senhor” eram um sinal ao povo para que vertesse a sua veneração em melodias. A bíblia nos relata só uma porção restrita sobre a melodia na antiga Israel. Como não existia a escrita musical, todos os registros primários das melodias entoadas pelos hebreus estão no livro de Salmos. As poucas orientações musicais que possui não têm um significado certo. Ainda que a bíblia nos conceda uma porção de informação limitada quanto à melodia nos tempos idos, podemos notar nitidamente que a melodia era essencial para as pessoas na bíblia. A **MÚSICA NO VELHO TESTAMENTO** A melodia é mencionada logo no princípio e constantemente na bíblia. A primeira menção é a “Jubal É o pai de todos os que tocam harpa e flauta” (Gênesis 4:21). Essa descrição de um músico tão cedo na história demonstra a sua relevância. Ele possui uma posição igual de importância a de seus irmãos Jabal, pastor de rebanho, e Tubal-Caim, ferreiro. A elaboração de melodia é admitida entre as ocupações mais antiga do povo normândico. Supõe-se que o nome Jubal venha da palavra hebraica que significa “carneiro”. O chifre do carneiro (shofar) era um instrumento antigo do povo judeu e indicava acontecimentos importantes. Mais adiante na história bíblica, depois que a melodia se tornou uma parte principal na veneração no templo, a melodia ganhou um significado especial. Há relatos de melodia em tempos de despedida (Gênesis 31:27), em tempos de alegria e festejos (Isaías 5:12), em vitórias militares (2 Crônicas 20:27-28) e no trabalho (Isaías 16:10). A maioria dessas melodias provavelmente eram rudes e primitivas, sobretudo as que eram associadas a avanços militares, que a intenção era amedrontar o inimigo (Juízes 7:17-20). A melodia e a dança que recebeu Moisés enquanto ele descia da montanha é descrita como sendo “Alarido de guerra…no arraial” (Êxodo 32:17-18). Na história primitiva do povo judeu, a mulher tinha uma parte importante na atuação da melodia. A imagem das mulheres cantando e dançando com contentamento, acompanhadas pelos instrumentos de percussão, é repetida várias vezes. Quando Jerusalém se tornou o centro religioso do povo hebreu (950-850 A.C.), o papel do músico profissional se tornou mais importante. A **MÚSICA NO NOVO TESTAMENTO** Já no tempo de Cristo, a sinagoga havia se tornado o lugar principal de veneração para o povo judeu. Começou como um lugar para o estudo da lei e progressivamente se tornou o centro de veneração para judeus que não podiam frequentar o templo. O culto litúrgico do templo não podia ser duplicado na sinagoga, já que não tinha rito de sacrifício. A melodia também não podia ser precisamente reproduzida, pois não havia um cantor levita treinado. O coral foi substituído por um único cantor. A cantoria dos Salmos foi progressivamente transferida do templo para a sinagoga, o que acabou influenciando as primeiras igrejas cristãs. **AS CULTURAS GREGA** E **ROMANA** Ainda que o templo e a sinagoga fossem familiares aos cristãos primitivos (Atos 2:46-47; 9:20), as culturas grega e romana também tiveram uma parte importante em moldar a igreja. No tempo de Cristo, o helenismo já tinha há muito tempo se infiltrado no Oriente Médio, apesar dos líderes judeus se oporem, a arte grega já havia permeado na cultura judaica. Os rabinos judeus consideravam a melodia uma maneira de louvar a Deus. Já os filósofos gregos encaravam-na como uma força moral poderosa na criação e os romanos consideravam-na uma forma de entretenimento. Uma razão pela qual a igreja primitiva não incluiu a melodia instrumental em seu louvor foi em reação ao uso secular degradativo dos instrumentos pelos romanos. Essa pesquisa indica a diversidade na elaboração de melodias nos tempos bíblicos. As pessoas de gerações passadas usavam a melodia como escape natural para as suas emoções e idéias. Ao manter a tradição cristã, a melodia permanece uma parte principal de como nós manifestamos o que sentimos em relação a Deus e as nossas vidas. Fonte: iLúmina
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