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Transubstanciação

Durante a celebração da missa, os sacerdotes alegadamente possuem a capacidade transcendental de converter o pão e o vinho no verdadeiro e literal corpo e sangue de Jesus Cristo:

“O Concílio de Trento resume a fé católica ao declarar: ‘por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente o seu corpo’, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo, nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue; esta mudança, a Igreja Católica denominou-a com acerto e exatidão de transubstanciação.” P. 380, <1376  Catecismo da Igreja Católica (1994)

Esta parte do Catecismo demonstra que a Igreja Católica ainda se mantém fiel a esta crença, a qual foi estabelecida no Concílio de Trento.

“Encontram-se no cerne da celebração da Eucaristia o pão e vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo.” P. 367, <1333  Catecismo da Igreja Católica (1994)

O Catecismo também especifica quando Cristo adentra a Eucaristia e quanto tempo ele permanece:

“A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura também enquanto subsistirem as espécies eucarísticas. Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiramente em cada uma das partes delas, de maneira que a fração do pão não divide o Cristo.” P. 380, <1377  Catecismo da Igreja Católica (1994)

Visto que o Catolicismo ensina seus membros a participar de verdadeiro canibalismo, esta doutrina demanda uma análise cuidadosa. Para iniciar, devemos verificar a raiz desta doutrina. Ela vem de Deus ou é tradição humana? O Catolicismo insiste que ela é bíblica, citando as palavras de Jesus em João 6:

“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tendes a vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.” João 6:53-54

Ainda que estes versículos aparentem ensinar canibalismo, se você ler a passagem completa dentro do contexto, o significado se torna evidente. Imediatamente antes de fazer esta afirmação, Jesus disse:

“Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. Então lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome e o que crê em mim jamais terá sede.”
João 6:33-35

Este ensinamento é consistente com o restante da Escritura. A vida eterna vem através da crença em Jesus Cristo, não ingerindo o seu corpo. O Senhor continua esclarecendo ainda mais:

“De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna…” João 6:40

Mais uma vez Jesus demonstra que a vida eterna surge através da crença nele. Quando os discípulos do Senhor resmungaram sobre estas palavras, Jesus explicou:

“O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que vos tenho dito são espírito e são vida.” João 6:63

Jesus estava falando espiritualmente, não materialmente. Ele estava explicando que espiritualmente toda vida advém através da fé nele, não comendo o seu corpo.

Em nenhum momento na Bíblia Deus apoia o canibalismo. Aliás, Deus veta esta prática:

“Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue,não comerás.” Gênesis 9:4

“…Nenhuma alma de entre vós comerá sangue, nem o estrangeiro que peregrina entre vós o comerá.” Levíticos 17:12

Deus nunca ordenaria seu povo a fazer algo que ele havia proibido.

O objetivo Bíblico

As instruções de Paulo em 1 Coríntios 11 jogam ainda mais luz sobre este tema:

“Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.
1 Coríntios 11:23-24

Quando Jesus disse: “Tome, coma; este é o meu corpo”, ele não estava sugerindo que eles corressem e começassem a comer seu corpo literal. Mesmo cogitar isto é absurdo. Ele estava falando espiritualmente sobre o que ele estaria realizando na cruz.

Note como este versículo termina “…fazei isto em memória de mim”. Considerando que a Ceia do Senhor é uma recordação da obra de Cristo no Calvário, não uma renovação. O mesmo se aplica ao sangue de Cristo:

“Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.”
1 Coríntios 11:25

O próprio Jesus ensinou a mesma lição aos seus discípulos na Última Ceia:

“E (Jesus), tomando o pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós;fazei isto em memória de mim.” Lucas 22:19

Conclusão

Uma vez que a transubstanciação é outra tradição Católica sem amparo bíblico, algumas questões instigantes aguardam respostas:

  • Por que a Igreja Católica intencionalmente pega um versículo da Escritura fora do contexto e constrói uma doutrina que a Bíblia não ensina?
  • Por que preferiria a Igreja Católica que você comesse o corpo de Deus ao invés de depositar nele a sua fé?
  • Mais importante, pode você conscientemente participar desta prática, agora que conhece a verdade?

“Portanto aquele que sabe que deve fazer o bem e não faz nisso está pecando.” Tiago 4:17

Autor:
Rick Jones
Livro:

Por Amor aos Católicos Romanos

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