Os dez preceitos eram normas que mostravam como os israelitas deveriam conduzir-se enquanto povo.
As normas provieram diretamente de Deus para Moisés e foram gravadas em duas placas de rocha (veja Êxodo 31). Elas foram entregues a Moisés quando ele se encontrou com Deus no Monte Sinai durante o período em que os israelitas peregrinaram pelo deserto.
Esses preceitos eram um pacto entre Deus e sua gente. Eles simbolizavam o laço e a garantia de amor e direção de Deus. Tais normas foram criadas para auxiliar os israelitas a conviverem em harmonia e a manterem sua veneração ao único Deus verdadeiro.
Deus concedeu esses preceitos duas vezes aos israelitas. Moisés despedaçou as primeiras placas num acesso de fúria ao observar os israelitas cultuando um ídolo, um novilho de ouro. Posteriormente a isso, Deus concedeu os preceitos a ele novamente.
No Novo Testamento, Jesus declara que veio para completar os preceitos. A aliança entre Deus e sua gente não é mais alicerçada na observância dos preceitos, mas no relacionamento com Cristo.
OS ANTECEDENTES BÍBLICOS DOS MANDAMENTOS
Os dez mandamentos são relatados duas vezes no Velho Testamento:
a primeira vez no livro de Êxodo (Êxodo 20:2-17), na passagem que descreve o presente de Deus a Israel, e a Segunda vez em Deuteronômio (Deuteronômio 5:6-21), no contexto de uma cerimônia de renovação da aliança. Moisés lembra o seu povo da substância e do significado dos mandamentos, enquanto eles renovam a sua lealdade à aliança com Deus.Na língua original, os mandamentos são chamados de “as dez palavras”. De acordo com o texto bíblico, eles são “palavras” ou leis, ditas por Deus, não o resultado de um processo legislativo humano. É dito que os mandamentos são escritos em duas tábuas. Isso não significa que havia cinco mandamentos em cada tábua. Ao invés disso, todos os dez estavam escritos nas duas tábuas, a primeira pertencia a Deus que deu a lei, e a segunda pertencia a Israel que recebeu as leis.
Os preceitos lidam com duas áreas fundamentais da vida humana. Os cinco iniciais se referem à relação com Deus, e os cinco finais à relação entre os seres humanos.
O CONTEXTO DOS MANDAMENTOS
Os preceitos são indissociáveis da aliança. Deus garantiu o seu compromisso com Israel e, em contrapartida, impôs certas obrigações sobre o povo israelita.
Apesar das obrigações de Israel serem expressas detalhadamente mais pra frente, a expressão mais precisa e sucinta é dada nos Dez Mandamentos. Os mandamentos listaram os princípios mais fundamentais da lei hebraica. As leis detalhadas que estão no Pentateuco, na maior parte, aplicam os princípios em situações específicas. Desta maneira, o papel dos dez mandamentos na Israel antiga era de dar direção a um relacionamento. Eles não deveriam obedecer só por obedecer ou para ganhar algum tipo de crédito, mas sim para descobrir a riqueza e a plenitude de um relacionamento com Deus.Os preceitos não eram simplesmente um código de ética ou conselho moral. A aliança era entre Deus e uma nação; os preceitos eram diretamente direcionados à vida daquela nação e seus cidadãos. Conseqüentemente, o papel inicial dos preceitos era semelhante àquele de uma lei penal numa nação moderna.
Israel era uma teocracia, uma nação cujo rei era Deus (Deuteronômio 33:5). Os preceitos proporcionavam direção aos cidadãos da nação. Então, infringir um preceito era cometer um crime contra a nação e contra o governante desta nação, Deus. As penalidades eram severas, pois quebrar um preceito ameaçava a relacionamento da aliança e a existência continua da nação.O SIGNIFICADO DOS MANDAMENTOS
Os preceitos se iniciam com um prefácio (Êxodo 20:2; Deuteronômio 5:6) que identifica Deus, que concedeu os preceitos a um povo com quem ele já possuía um laço.
A pessoa que da a lei é o Deus do Êxodo, que redimiu o seu povo da escravidão e os deu a liberdade. Os mandamentos foram dados a um povo que havia sido redimido; eles não foram dados para alcançar a redenção. Há algumas variações na numeração dos mandamentos.
De acordo com alguns sistemas, o prefácio é identificado com os primeiros mandamentos. Parece preferível no entanto, entender as palavras de abertura como um prefácio para os Dez Mandamentos.JESUS E OS DEZ MANDAMENTOS
1. O primeiro mandamento diz:
“não terá outros deuses diante de mim.” Êxodo 20:3
O que Jesus disse:
“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” Mateus 4:102. O segundo mandamento diz:
“Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” – Êxodo 20:4
O que Jesus disse:
“Ninguém pode servir a dois senhores” – Lucas 16:133. O terceiro mandamento diz:
“Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;” – Êxodo 20:7
O que Jesus disse:
“de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;” – Mateus 5:344. O quarto mandamento diz:
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.” – Êxodo 20:8-10
O que Jesus disse:
“O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Pelo que o Filho do homem até do sábado é Senhor.” – Marcos 2:27-285. O quinto mandamento diz:
“Honra a teu pai e a tua mãe” – Êxodo 20:12
O que Jesus disse:
“Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim” – Mateus 10:376. O sexto mandamento diz:
“Não matarás” – Êxodo 20:13
O que Jesus disse:
“aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo” – Mateus 5:227. O sétimo mandamento diz:
“Não adulterarás” – Êxodo 20:14
O que Jesus disse:
“aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” – Mateus 5:288. O oitavo mandamento diz:
“Não roubarás” – Êxodo 20:15
O que Jesus disse:
“e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;” – Mateus 5:409. O nono mandamento diz:
“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” – Êxodo 20:16
O que Jesus disse:
“Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo.” – Mateus 12:3610. O décimo mandamento diz:
“Não cobiçarás…” – Êxodo 20:17
O que Jesus disse:
“Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.” – Lucas 12:15.Fonte: iLúmina
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