Nesta pregação, almejo discorrer sobre as réplicas para algumas das indagações mais correntes que percorrem o intelecto humano: de onde surgi? Quem sou eu? Para onde irei?
Inúmeras doutrinas e religiões procuram, sem êxito, confortar o íntimo humano, que, em sua futilidade, anseia persistentemente por respostas para sua vida. Todavia, mesmo ao deparar-se com alguma elucidação, permanece a impressão de que carece algo mais substancial, algo que verdadeiramente proporcione consolo. O que ocorre, na realidade, é a aflitiva tentativa de aquiescer a uma explicação imprecisa e incoerente para questionamentos tão profundos.
A verdadeira tranquilidade da alma se instaurará no âmago dos homens quando estes reconhecerem a autoridade do Senhor Deus sobre suas existências, acolhendo a singeleza das verdades apresentadas na Bíblia Sagrada, que estão acessíveis a todos.
Para principiarmos a entender a magnificência da vida humana, é imprescindível admitir que Deus é o criador de todo o cosmos. Como está escrito em Gênesis 1:1, “No princípio, criou Deus os céus e a terra”, e em Neemias 9:6, “Ó Deus, só tu és o SENHOR! Tu fizeste os céus e as estrelas. Tu fizeste a terra, o mar e tudo o que há neles; tu conservas a todos com vida. Os seres celestiais ajoelham-se e te adoram.” Deus é, portanto, o criador do homem (Gênesis 1:27: “Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher”) e de todos os seres viventes.
Qual é o alicerce para abraçarmos tal justificativa? A fé!
A Bíblia é o único livro que carrega a genuína narrativa da vida do Deus Vivo, assim como da criação e da dissertação do Seu amor incomensurável pela humanidade. O homem, como alvo do amor de Deus, rebelou-se contra o Criador e, ao cometer a insubordinação, distanciou-se dos desígnios divinos. Mesmo assim, a clemência do Eterno Senhor superou todas as expectativas, e Cristo, o Messias, foi enviado com a incumbência de resgatar a humanidade de seus maus caminhos, restaurando a união inicialmente existente e oferecendo a chance de salvação.
Adão e Eva constituíam o primeiro par (Gênesis 2:7, 22); eram análogos ao Senhor, puros e sem mácula (Gênesis 1:26-27) e residiam no Jardim do Éden (Gênesis 2:15), um paraíso arquitetado exclusivamente para abrigar o auge da criação. Deus instituiu algumas normas (Gênesis 2:16-17) para a boa convivência dos primeiros humanos; no entanto, Adão e Eva, em desobediência às determinações divinas, pecaram (Gênesis 3:1-7). O pecado decretou sua expulsão do Éden e a ruptura da união anteriormente existente entre Criador e criatura (Romanos 5:12, 17-19: “O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana porque todos pecaram… É verdade que, por causa de um só homem e por meio do seu pecado, a morte começou a dominar a raça humana. Mas o resultado do que foi feito por um só homem, Jesus Cristo, é muito maior! E todos aqueles que Deus aceita e que recebem como presente a sua imensa graça reinarão na nova vida, por meio de Cristo.”). A vida humana, então, tornou-se cativa do pecado, cujas práticas são ruins e divergem da vontade de Deus (Romanos 7:14-19: “Sabemos que a lei é divina; mas eu sou humano e fraco e fui vendido ao pecado para ser seu escravo. Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio… pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço”). Desde sua gênese, o homem está sujeito ao pecado (Salmos 51:5: “De fato, tenho sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido”).
Essa conjuntura de pecado (1 João 3:4-6: “Quem peca é culpado de quebrar a lei de Deus, porque o pecado é a quebra da lei. Vocês já sabem que Cristo veio para tirar os pecados e que ele não tem nenhum pecado. Assim, quem vive unido com Cristo não continua pecando. Porém quem continua pecando nunca o viu e nunca o conheceu.”) afasta o homem dos objetivos de Deus, atraindo sobre ele a condenação eterna.
Entretanto, Deus amou primeiro e proveu meios para a retomada da união. O Messias foi enviado! “O Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo” (1 João 4:14); “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos” (1 Timóteo 2:5-6); “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3-4). A vinda do Senhor Jesus Cristo foi o cumprimento de antigas profecias, e seu benefício salvífico abarca toda a humanidade, inclusive nós.
Prezados, estes são dias de reinício. É imperativo que sejamos similares a Jesus (Romanos 8:29: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”). É através de uma vida consagrada, santa e pura que somos metamorfoseados pelo Pai (2 Coríntios 3:18: “… Somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”).
Amém.
Espaço reservado para anúncio