MATRIMÔNIO E SEUS HÁBITOS
Deus iniciou o matrimônio com o primeiro homem e a primeira mulher. Quando Deus comunicou a Adão que um homem deveria abandonar a sua linhagem e se unir a uma mulher, tornando-se assim um (Gênesis 2:24), ele estava retratando o matrimônio. Todavia, não é necessariamente a vontade de Deus que todos devam se casar, ele aprova o matrimônio em geral. Faz parte de seu desígnio para o ser humano.
NORMAS E USOS DOS MATRIMÔNIOS NA BÍBLIA
As escrituras aludem a diferentes formas e usos de matrimônios. Este é um tema intrincado. Entretanto, podemos extrair algumas inferências sobre o matrimônio nos tempos bíblicos examinando normas bíblicas e as representações dos matrimônios.
A AUTORIDADE DO ESPOSO
Na sociedade Israelita, o pai era a figura de poder na casa. Sua esposa e seus filhos eram considerados sua propriedade, quase como suas terras e rebanhos (Deuteronômio 5:21). Ele possuía o direito de vender suas filhas (Êxodo 21:7), e até detinha o poder de decisão de vida ou morte sobre a vida de seus filhos. A facilidade com a qual o esposo podia findar seu matrimônio divorciando sua esposa, demonstra a dimensão de sua autoridade na família (Deuteronômio 24:1-4; veja Deuteronômio 22:13-21). Em geral, a noiva deixava seus pais quando se unia em matrimônio e ia habitar com o clã de seu esposo. De fato, a expressão “se casar com uma esposa” deriva da raiz da palavra que significa “se tornar senhor” (Deuteronômio 21:13). A esposa tratava o seu esposo e se referia a ele como seu senhor.
POLIGAMIA E MONOGAMIA
Há diversos exemplos de poligamia, o matrimônio de um homem com duas ou mais esposas, no Velho Testamento. Jacó, por exemplo, era casado com Raquel e Lia. Não obstante, não há dúvida que a maioria dos Israelitas eram monógamos, possuindo uma esposa por vez. Ainda que a bíblia não censure a poligamia, ela com certeza não a incentiva. A orientação original que Deus deu a Adão era que o homem deixaria o seu pai e a sua mãe e se juntaria à sua mulher (Gênesis 2:24).
MATRIMÔNIO ENTRE CONSANGUÍNEOS E COM ESTRANGEIROS
Em Israel, o matrimônio ocorria com aqueles que eram da família direta. Uma razão para isso acontecer era para que o casal compartilhasse a mesma crença. Mas é lógico que se a pessoa tivesse o parentesco muito próximo, aí seria considerado incesto. Deus deu então regras ao povo para desencorajar as pessoas a se casarem com pessoas com o parentesco muito próximo ou mesmo muito distante. Casamentos entre primos, tais como Isaque e Rebeca eram comuns. Esse tipo de matrimônio nunca foi censurado nas Escrituras.
ESCOLHA DE UM CÔNJUGE
Em geral, os jovens nos tempos bíblicos não elegiam seus cônjuges. O procedimento usual seria os pais do jovem ou da jovem combinar o seu matrimônio. Quando as crianças tinham idade suficiente para se unir em matrimônio, os pais do noivo e da noiva se encontravam para solucionar a questão, geralmente sem consultar nenhum dos dois jovens.
DIVÓRCIO
Em contraste com o planejamento e banquete elaborado do matrimônio, o divórcio era singelo. O homem poderia se divorciar de sua esposa se ele encontrasse nela uma falha de qualquer natureza, esse direito não foi abolido até o século 11 DC. O divórcio era desestimulado, no entanto, e o processo foi se tornando progressivamente complexo.
OS ENSINAMENTOS DE JESUS A RESPEITO DO MATRIMÔNIO E DO ADULTÉRIO
Os ensinamentos de Jesus possuíam ênfases distintas das do Velho Testamento. Por exemplo, o Velho Testamento não indicava a infidelidade do esposo como adultério contra sua esposa. Quando rebatido pelos judeus, Jesus disse que Deus havia feito uma esposa para um homem; por isso mesmo não deveria haver divórcio (Marcos 10:2-9). Mais adiante ele diz que se um homem se divorcia de sua esposa e se casa novamente, ele “adultera contra aquela” (Marcos 10:11). Desta maneira, Deus fez o homem e a mulher iguais quando se diz respeito a adultério. Um esposo infiel é tão adúltero quanto uma esposa infiel.
Fonte: iLúmina
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